Kaiser investe em futebol para atrair classe C

“Não poderíamos ficar de fora”, avalia gerente da marca Kaiser – Crédito Tanio Marcos / Divulgação

A Heineken, dona da cervejaria Kaiser desde janeiro de 2010, apresentou nesta quinta-feira (24) em evento em São Paulo o novo posicionamento da marca, e uma das plataformas a serem exploradas será o futebol. O plano é usar o esporte mais popular no país para divulgar a bebida, agora repaginada, sobretudo entre a classe C.

Na modalidade, a cerveja patrocina a Copa Santander Libertadores e é organizadora da Copa Kaiser, de futebol amador, ambos novos focos. “Nós estamos ligando dois momentos, quando nosso consumidor é o jogador, a estrela do espetáculo, e quando ele é torcedor, apaixonado pelo time”, explica Vanessa Brandão, gerente da marca.

O reposicionamento da marca contribui para que Kaiser e Heineken não compartilhem o mesmo público. A bebida europeia, por sua vez, irá se concentrar em conseguir atingir a faixa mais alta das classes socioeconômicas. Para nortear esse planejamento, o grupo efetuou pesquisa com 4,5 mil entrevistados em 11 cidades brasileiras.

A cervejaria ainda mantém outras ações no esporte, como patrocínio pessoal a Mano Menezes, técnico da seleção brasileira; parceria com o G4, entidade composta por Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo; e aporte à Confederação Brasileira de Rugby (CBRu). Mas a Libertadores e a Copa Kaiser são, por ora, as principais apostas.

Durante o evento, a empresa recusou em diversas ocasiões fornecer números a respeito da participação de mercado atual. A única informação disponível é que o grupo Heineken, composto por todas as marcas que o compreende, entre elas a Kaiser, corresponde a 8,7% do mercado brasileiro. Mas não se divulga metas, nem detalhes.

O investimento feito nesse reposicionamento da marca tampouco foi revelado, mas afirma-se que é uma das prioridades no Brasil, e portanto consome a maior parte dos recursos existentes. “Nossa linha é gerar momentos de grande diversão, e, como brasileiro é apaixonado por futebol, não poderíamos ficar de fora”, completa Brandão.

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