LaLiga antecipará eleições para facilitar negociações com TVs

A LaLiga anunciou, nesta segunda-feira (2), que antecipará em dez meses a escolha do novo presidente da entidade. A decisão foi divulgada por Javier Tebas, atual mandatário e que tentará a reeleição. Anteriormente, a eleição estava marcada apenas para outubro do ano que vem.

O argumento usado é o de que o novo presidente não pode correr o risco de ter que tomar, em pouco tempo, uma decisão que afeta os próximos quatro anos de geração de receita do futebol local. O objetivo principal, portanto, é evitar que o novo presidente da entidade tenha problemas para negociar o novo contrato de mídia da competição.

Foto: Divulgação / LaLiga

“Planejo me apresentar para a reeleição e espero ganhar a confiança de todos por mais quatro anos. Devemos tentar dar à instituição a máxima estabilidade possível às portas de um novo contrato audiovisual para o ciclo 2022/2025. Isso ajudará a manter a confiança entre as dezenas de operadoras de televisão nacionais e internacionais, patrocinadores, etc. E, portanto, ajudará a manter e até aumentar os valores de nossos direitos de transmissão”, afirmou Tebas, em uma carta que enviou a todos os clubes espanhóis da primeira e da segunda divisões.

Nos bastidores, porém, a imprensa espanhola especula que também há uma jogada política em curso. Isso porque, ao antecipar a eleição em dez meses, Tebas não dá tempo para que surja e cresça uma candidatura promovida pelos dois gigantes espanhóis, Real Madrid e Barcelona, que votaram contra a administração do atual presidente há algumas semanas.

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Vale ressaltar que, sob o comando de Javier Tebas, a LaLiga concluiu a temporada 2018/2019 com receita de € 1,974 bilhão, o que representa uma melhoria de 10,7% em relação ao ano anterior. Este valor inclui mais de € 100 milhões para a exploração de ativos próprios da competição, além de € 1,88 bilhão gerados pela exploração dos direitos audiovisuais dos 42 clubes do LaLiga Santander e LaLiga SmartBank (as duas principais divisões do futebol do país) e que também melhoraram 11,4% em relação a 2017/2018.

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