Análise: Legado pré-Jogos é o saldo bancário sem igual dos atletas

No processo de apuração da reportagem sobre o salto olímpico dos cachês de atletas pré-Rio, deparamo-nos com alguns resultados que nos levaram à manchete chamativa do Boletim de hoje. A pergunta que foi feita na redação foi simples:
 
Quando um atleta de outro esporte além do futebol ganharia um cachê de meio milhão de reais para estrelar uma campanha publicitária?
 
Rapidamente chegamos à conclusão de que este talvez seja o maior legado pré-Jogos Olímpicos. Nunca os atletas ganharam tanto dinheiro como neste período pré-evento.
 
E isso é muito importante para o crescimento da indústria. As marcas percebem que é possível trabalhar a imagem de atletas além do futebol. Por outro lado, com mais dinheiro em jogo, as marcas forçam dos atletas uma atitude mais profissional.
 
No último ciclo olímpico pré-Rio, raros foram os atletas com cachês que ultrapassavam os R$ 200 mil. Agora, com os Jogos por aqui, houve um considerável aumento no que é pago para eles, sejam protagonistas ou atletas de médio escalão.
 
Nos EUA, centro do esporte como negócio, o atleta percebe, pela força da grana, a importância de ser um profissional pronto para atender ao mercado nas mais variadas formas.
 
Atenção ao fã, preocupação com a imagem e direcionamento para ser mais do que um esportista, um formador de opinião, são a base do trabalho de gestão de imagem por lá.
Aqui, ainda estamos numa era pré-profissional. O atleta se acostumou a sobreviver do esporte, não a viver dele. Com cachês polpudos, talvez o Rio represente o salto que faltava.
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