Libertadores se inspira na NFL para ganhar mais de TV

Vencedora da concorrência pelos direitos de transmissão da Copa Bridgestone Libertadores para o período de 2019 a 2022, o consórcio IMG-Perform já decidiu como fará para aumentar o faturamento com a venda dos direitos de transmissão do torneio no Brasil.

O modelo de venda será baseado no conceito implementado pela NFL. Haverá o fatiamento dos direitos por dias da semana, abrindo espaço para mais de uma TV aberta e uma fechada, que terão direitos exclusivos sobre a competição e não poderão repassar a outros parceiros, como acontece hoje.

Segundo o “Blog do Ohata”, serão quatro diferentes pacotes ofertados ao mercado. Dois são exclusivos para a TV paga. Um, só para TV aberta. E o quarto é para qualquer tipo de mídia, num pacote que deve ser mais barato, abrindo espaço para mais emissoras.

O pacote exclusivo à TV aberta garante a exibição de todo o campeonato, porém com apenas um jogo por semana. Assim, não poderá mais acontecer a regionalização da transmissão, algo que já vinha diminuindo desde a edição de 2016 do torneio.

Já para a TV paga, um pacote oferece as escolhas 1, 3, 5 e 7 da rodada, além de uma semifinal e a final. A outra proposta é para as escolhas 2, 4, 6 e 8 da rodada, a outra semifinal que não for exibida pelo detentor do pacote principal, e final apenas em VT.

A quarta opção de pacote assegura, durante a fase de grupos, a exibição de um jogo por semana, às quintas-feiras. Além disso, um jogo de oitavas-de-final e outro de quartas-de-final.

Esse modelo foi inventado pela NFL nos anos 1980, quando a TV paga começou a ter mais força no mercado. Liga que mais fatura com transmissão de TV no mundo, a NFL é a inspiração de IMG e Perform, que pagaram US$ 1,4 bilhão pelos direitos de vender a Libertadores para as próximos quatro temporadas. 

Até o início do próximo ano deve ser feito o leilão para o Brasil, país que mais deve gerar receita com a venda dos direitos. Com o plano de comercialização fatiado, esse valor deve saltar mais.

Segundo apurou a Máquina do Esporte, a expectativa das duas empresas é de que o fatiamento dos direitos desperte o interesse de emissoras que antes não participavam da transmissão da Libertadores, como ESPN, Esporte Interativo e BandSports.

Além disso, há a esperança de faturar com o apetite de Amazon, Facebook e Twitter, que recentemente começaram a transmitir esporte ao vivo também para o mercado brasileiro.

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