Liga das Américas prevê 50% de times do Brasil e dos EUA

A proposta de criação da Liga dos Campeões da América, que foi apresentada recentemente a alguns clubes no Brasil, prevê que a competição tenha praticamente um monopólio de times brasileiros e americanos na competição.

O projeto da agência MP&Silva prevê a criação de um torneio com 64 clubes, sendo que nove países teriam vagas cativas.

Pelo formato apresentado, o Brasil teria 16 clubes na competição. Da mesma forma, os EUA e o Canadá, que juntos formam a Major League Soccer, teriam outros 16. Depois, a Argentina e o México teriam oito clubes cada, a Colômbia três times, o Uruguai e o Chile duas equipes e o Paraguai um time com a vaga assegurada.

O projeto ainda prevê a criação de um torneio preliminar para dar as outras oito vagas para clubes dos demais países da América do Sul e Central, que teriam no máximo dois pré-selecionados.

Na apresentação feita pela agência, há duas opções de fórmula de disputa do torneio. Uma divisão em 16 grupos de quatro times cada um, tendo depois um mata-mata com 32 clubes. O outro seria nos mesmos moldes da Copa do Brasil, com os 64 clubes disputando um mata-mata desde o início da competição.

No primeiro formato, segundo a MP&Silva, os clubes poderiam faturar mais com um calendário com mais jogos. Seriam 23 rodadas, o que permitira, segundo a agência, ter “mais jogos para exposição e negócios de TV”. No formato de mata-mata, a agência destaca que a competição “aliviaria os custos com deslocamento das equipes”.

O projeto prevê a realização dos jogos nos meios de semana, sendo que a final seria em uma única partida, no fim de semana, repetindo o que faz a Uefa na Liga dos Campeões. Esse jogo seria de propriedade da liga, que reteria todo o dinheiro proveniente de bilheteria e acordos comerciais.

Os times ficariam com a receita gerada com a bilheteria dos jogos, enquanto a liga deteria os contratos de TV e patrocínio. Ao privilegiar americanos e brasileiros na lista de participantes, a MP&Silva olha diretamente para o potencial de geração de receita dos dois países, que têm os mercados de mídia mais aquecidos das Américas.

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