Aprovada pela Assembleia Nacional na última quarta-feira, a Lei Org”nica do Esporte da Venezuela já vai passar por uma revisão. Após pressão das ligas esportivas do país, o governo admitiu tornar mais flexível o controle ao patrocínio privado na região.
A mudança foi acertada em reunião entre o ministro do Esporte da Venezuela, Héctor Rodríguez, e representantes das ligas de beisebol, futebol e basquete do país. O encontro foi realizado nesta sexta-feira.
O problema é que a Lei Org”nica do Esporte cria um fundo nacional para a atividade física. A partir disso, todas as empresas precisam destinar parte de sua arrecadação a essa conta, controlada pelo governo, para que o dinheiro seja repassado a clubes, atletas, ligas e federações.
O que as ligas pediram ao ministro é o direito de receber automaticamente a receita oriunda de patrocínios. Nesses casos, as empresas poderão destinar o dinheiro diretamente ao esporte, sem a necessidade de a verba passar pelo fundo controlado pelo governo.
Segundo o presidente da liga venezuelana de beisebol profissional (LVBP), José Grasso, a situação vinha ameaçando o futuro da competição. Com início previsto para daqui a dois meses, o torneio vive, de acordo com ele, em dificuldade para encontrar aportes.
Ainda segundo Grasso, o patrocínio é responsável por 70% do faturamento das 36 equipes que disputam a liga nacional. E a dificuldade para fechar negócio tem sido motivada pela indefinição em torno da Lei Org”nica.
“O nível de patrocínios está muito baixo neste ano, e o patrocínio é fundamental para a sobrevivência do esporte no país”, disse Grasso.