Liverpool planeja vender naming rights de arquibancadas

 

Projeto do novo estádio de Anfield, do Liverpool

Avesso a inovações, o Liverpool está considerando conceder naming rights para o trecho da arquibancada que pretende reformar no tradicional estádio de Anfield. O custo do projeto é de R$ 290 milhões. A ideia é ampliar a capacidade da arena para 58.800 torcedores, o que representa um acréscimo de 8.500 cadeiras.

 

A ideia do Liverpool não é inédita na Europa. Em Portugal, o Benfica é um dos clubes que já utilizam a estratégia de conceder naming rights para trechos da arquibancada para arrecadar mais verba.

No mês passado, a Prefeitura de Liverpool aprovou o pedido do clube para reconstruir dois lados de Anfield. O trabalho está previsto para começar no ano que vem. Segundo Billy Hogan, novo diretor comercial do Liverpool, o clube irá buscar um parceiro para financiar a obra. Em troca, ganharia o direito de dar nome ao trecho das arquibancadas. O dirigente, porém, descartou que o time esteja estudando vender os naming rights do estádio.

“A nova arquibancada vai ser o grande foco para nós. O processo [de financiamento] ainda está em curso. Estamos chegando à conclusão, mas ainda não fechamos tudo”, conta o dirigente. Queremos trazer uma série de novos apoiadores. Um parceiro para dar nome à nova arquibancada faz sentido.”

O Liverpool é um dos sete clubes que estão sendo investigados pela Uefa (entidade que comanda o futebol europeu) por possíveis violações às regras do fair play financeiro. Hogan, porém, diz que não tem nada a temer em relação aos novos acordos comerciais, que devem aumentar significativamente as receitas em Anfield nesta temporada.

“A FSG [companhia de investimentos dona do Liverpool] sempre foi favorável ao fair play financeiro, e isso significa gastar só o que você pode gerar em receitas. Nosso foco é operar o negócio de forma responsável. Esse é o lema para a FSG montar um time vencedor. Queremos que o clube seja sustentável. Trouxemos novos parceiros e, neste ano, fizemos três boas renovações de contratos. Isso diz muito sobre como queremos administrar”, afirmou Hogan.

O dirigente lembra que há quatro anos o clube estava à beira da falência. Desde então, a parte financeira está sendo posta em dia. 

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