Bola oficial da Copa do Mundo a venda por R$ 25. Camisas oficiais de diversas seleções por menos de R$ 50. Utensílios da seleção sul-africana com mais de 50% de desconto. Por onde se anda no Mandela Square, principal shopping de Johanesburgo, é possível ver que as lojas ainda tentam se desfazer dos artigos comprados em função da Copa do Mundo, realizada em junho de 2010.
Em diversos estabelecimentos ainda se encontra à venda camisas com os emblemas oficiais da Fifa ou de seleções que só visitaram a África do Sul por conta do Mundial. Na tentativa de se desfazer dos utensílios comprados pensando numa demanda maior do que a concretizada, os sul-africanos tentam agora se desfazer do incômodo estoque.
Durante a Copa, de acordo com a Visa, patrocinadora oficial do evento, foram movimentados US$ 426 milhões em compras com o cartão de crédito da bandeira, cerca de 55% a mais do que no mesmo período de 2009. Sem o Mundial e com o movimento de turistas voltando aos níveis “normais”, os sul-africanos tentam agora se desfazer do encalhe de produtos.
Como o futebol não é o esporte popular da classe mais rica da população sul-africana (o rúgbi é a modalidade da elite do país, com o futebol ocupando a preferência das pessoas com menor poder aquisitivo), os produtos acabaram encalhando com a saída dos turistas de Johanesburgo.
No aeroporto OR Taimbo, ponto de chegada de todos os voos internacionais, por exemplo, foi possível encontrar à venda o modelo oficial da camisa da Inglaterra com um desconto de 75%. O English Team, durante a Copa, era um dos países que mais tinham camisas à disposição dos turistas.
*O repórter viaja a convite do Gabinete Presidencial do Gabão