As semifinais da Copa Kia do Brasil podem não ser as mais otimistas em termos de audiência para emissoras de televisão, após a queda de Flamengo, Palmeiras e São Paulo na etapa anterior. Mas para empresas interessadas em patrocínios pontuais, a chegada de “novidades” na penúltima fase representa oportunidade incomum.
Entre Avaí, Ceará, Coritiba e Vasco, somente o último tem sido presença constante nessa fase. Desde 2006, em cinco temporadas, o clube carioca disputou as semifinais em quatro ocasiões. Entre os outros três, em 2010, a melhor colocação foi atingida pelo Avaí, que chegou às oitavas de final, após vencer o próprio Coritiba.
Essa composição, com três surpresas entre os semifinalistas da competição, favorece o interesse de companhias por aportes pontuais para aproveitar a exposição na televisão. Caso Flamengo, Palmeiras e São Paulo tivessem se classificado, é consenso entre fontes de mercado que os valores pedidos aumentariam significativamente.
Até o momento, segundo apurou a Máquina do Esporte, Avaí, Ceará e Coritiba já foram sondados por empresas para fechar acordos ocasionais. Apenas o clube paranaense rejeita a possibilidade de fechar patrocínios dessa natureza, para valorizar patrocinadores de longo prazo, enquanto os outros dois analisam ofertas.
“Como os valores nesses times são menores, a possibilidade de conseguir um patrocínio é maior, porque é mais fácil fechar negócio com valores mais baixos”, explica Fábio Wolff, sócio da agência Wolff Sports & Marketing, responsável por encontrar oportunidades de negócio para empresas interessadas em pontuais no futebol.
Uma das empresas que aposta na estratégia de aparições ocasionais é a Fisk. A escola de idiomas esteve presente não apenas em jogos da Copa do Brasil, mas no Campeonato Paulista e no Estadual do Rio de Janeiro. Para as semifinais do torneio nacional, a empresa já garantiu exposição, pois patrocina o Ceará, mas está atenta a possibilidades.
“Pensamos sempre em valor, e não apenas preço”, afirma Christian Ambros, diretor da Fisk. Para ilustrar a diferença entre valor e preço, o executivo cita o jogo no qual Rogério Ceni, goleiro do São Paulo, marcou o 100º gol na carreira. O preço do aporte, segundo ele, era similar a outros jogos, mas o valor da partida era maior.