O Manchester City, atual campeão inglês e um dos grandes clubes da Europa no momento, recorreu ao e-Sports para entrar com mais força no mercado asiático. O clube anunciou uma parceria com a gigante tecnológica Tencent, o maior e mais acessado portal de serviços de internet da China.
O City idealizou um time de Honor of Kings, jogo para celular que é febre entre os jovens na China, e chegou à Europa com o nome de Arena of Valor. Com a presença do clube no jogo, a ideia é aproximar a marca dos jogadores chineses.
Essa estratégia é uma nova tentativa do clube inglês de entrar no mercado chinês, que possui um dos públicos mais consumidores de video-games e futebol no mundo. Este é o segundo passo do Manchester City no mercado. O primeiro foi dado há alguns meses para formar uma equipe do tradicional game de futebol FIFA, para participar de campeonatos de e-Sports pelo mundo.
A Tencent tornou-se uma gigante de negócios no setor de tecnologia e internet, com uma presença líder no mercado de videogames. O objetivo dessa aliança é “fortalecer os laços entre o Reino Unido e a China”, nas palavras de Lin Min, um dos produtores da companhia.
Já o clube inglês tem por trás uma poderosa estratégia de marketing para promover-se muito além do Reino Unido, aumentando a presença na Ásia. Em 2018 durante o lançamento da equipe de FIFA o diretor regional do clube para China, David Tang, chegou a dizer que “estamos muito satisfeitos em entrar no empolgante mundo dos jogos na China, o maior mercado do mundo para e-Sports”.
Pensar em novos mercados tem sido um caminho pouco explorado pelos clubes brasileiros. Algumas situações pontuais têm sido feitas, como a fracassada contratação de Zizao pelo Corinthians em 2011, de olho no consumo chinês. No ano passado, o japonês Daiju Sasaki foi contratado pelo Palmeiras como forma de se aproximar do bilionário Hiroshi Mikitani, proprietário da empresa Rakuten, atual patrocinadora do Barcelona e dona do Vissel Kobe, clube onde ele atuava.