Considerada uma das cinco maiores provas do mundo, a maratona de Nova York se viu envolta numa polêmica após anunciar seu novo patrocinador. A empresa de aluguel de imóveis Airbnb fechou um acordo para patrocinar a maratona e, mais do que isso, ajudar os participantes a encontrarem um local onde ficar quando viajarem para disputar a corrida.
Até aí, nada demais. O problema é que, até maio deste ano, havia uma batalha jurídica que impedia a Airbnb de atuar no estado de Nova York. A empresa era acusada por promotores do estado de ter algumas operações como se fosse um hotel, promovendo sistematicamente o aluguel de imóveis por apenas alguns dias, o que descaracterizaria o serviço de aluguel de residência temporária. Como a Airbnb se comprometeu a fornecer alguns dados para tornar mais transparente quem está alugando os imóveis, o estado retirou o processo.
“É uma pena que uma organização tão importante quanto essa aceite um patrocínio de uma empresa que não siga as regras. Mesmo que seja um bom dinheiro, não vale”, disse Josh Gold, diretor da entidade que representa os hotéis de Nova York.
Chris Weiller, porta-voz da NYRR, afirmou num comunicado que o patrocínio não é para trocar os hotéis pela Airbnb.
Já o patrocinador diz que seus serviços ajudaram 10 mil pessoas a se hospedarem no fim de semana da maratona em 2013, sendo que 25% a uma distância curta do local de largada da prova.
A expectativa com o patrocínio é de ter maior procura para a hospedagem por meio de aluguel. De acordo com a Airbnb, a maratona poderá gerar mais de US$ 1 milhão para as pessoas que deixarem suas residências disponíveis para locação. No ano passado, segundo a empresa, os aluguéis promovidos por ela geraram US$ 632 milhões à economia de Nova York.