Se alguém te dissesse que a grande dificuldade para o Real Madrid conseguir vender os naming rights do Estádio Santiago Bernabéu é o próprio Santiago Bernabéu, você entenderia e acreditaria? Pois é exatamente isso que está acontecendo. As informações são do jornal espanhol El Confidencial.
De acordo com a publicação, o grande receio dos possíveis investidores está no fato de que qualquer nome pode ser ofuscado pelo status histórico do estádio. As marcas acreditam que, mesmo com o nome modificado, os torcedores e até a imprensa continuarão chamando o estádio pelo nome original. Há investidores, inclusive, que acreditam que estariam “jogando dinheiro fora” com a compra dos naming rights.
Essa explicação foi dada por potenciais compradores ao presidente do clube, Florentino Perez, e ao diretor de operações comerciais, Dave Hopkinson. Na conversa, foi dito que tudo seria diferente se o clube estivesse construindo um novo estádio, que um novo lugar estivesse começando do zero.
Para ilustrar, os investidores citaram o exemplo do grande rival local dos merengues, o Atlético de Madrid. Atualmente um dos estádio mais modernos da Europa e que vai receber a final da Liga dos Campeões desta temporada, o Wanda Metropolitano começou a ser erguido já com os naming rights vendidos. O estádio já nasceu com o nome da marca estampado.
Segundo o El Confidencial, ainda foram dados outros dois exemplos durante a conversa: o Emirates Stadium, do Arsenal, e a Allianz Arena, do Bayern de Munique.
Vale lembrar que o Real Madrid atua no Santiago Bernabéu desde 1947. No ano que vem, o estádio passará por uma reforma que deve ultrapassar os US$ 617 milhões e terá, entre as novidades, a construção de uma arena de e-Sports. O objetivo é que, reformado e mais moderno, o local fature algo em torno de US$ 176 milhões a mais por ano depois que as obras terminarem.
O alto valor da reforma é considerado um dos principais motivos para que o clube esteja engajado em conseguir um contrato de venda de naming rights nos próximos meses.