Marco Polo Del Nero volta à presidência da CBF

O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero

Marco Polo Del Nero voltou nesta terça-feira ao comando da CBF. O dirigente ficou um mês afastado para cuidar de sua defesa em relação às investigações da Justiça dos EUA que indicou o brasileiro por formação de quadrilha e recebimento de propina na venda de direitos comerciais do futebol.

Nesse período, o comando do futebol ficou com Marcus Vicente, deputado federal (PP-ES) e, apesar de capixaba, vice-presidente da confederação para a região Centro-Oeste. O anúncio foi feito através de vídeo gravado pelo político e postado no site da CBF.

“Eu cumpri a minha missão como interino na CBF. Estava combinado com o presidente licenciado Marco Polo Del Nero que eu ficaria até hoje, dia 5 de janeiro. Vou cuidar agora do meu mandato de deputado federal e cumprir o meu compromisso com o Espírito Santo e com o Brasil”, afirmou Marcus Vicente, no vídeo (ver abaixo).

O retorno do dirigente, porém, deve ser nova manobra política na entidade. Del Nero deve pedir nova licença nos próximos dias. Nesse caso, poderia indicar Antônio Carlos Nunes como seu novo substituto. Aliado de Del Nero, o coronel Nunes, presidente da federação paraense, foi eleito vice-presidente da entidade em dezembro, contando com 44 dos 67 votos possíveis do pleito.

O brasileiro corre sério risco de ser punido pelo Comitê de Ética da Fifa e ser afastado do futebol por alguns anos. Caso isso aconteça, terá um homem de confiança à frente da confederação brasileira.

Nesta semana, o presidente da CBF voltou a dar expediente na sede da entidade, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio). Caso a alternativa coronel Nunes seja confirmada, será o quarto presidente da entidade em menos de um ano. José Maria Marin, hoje em prisão domiciliar nos Estados Unidos, tinha cedido o posto a Del Nero no início do ano. Em dezembro, foi a vez de o dirigente paulista pedir afastamento e escalar Marcus Vicente para o seu lugar.

A interinidade de Vicente teria sido abreviada pelo fato de o dirigente ter mostrado excessiva independência em relação a Del Nero e ter buscado checar os contratos assinados pela CBF.

 

Sair da versão mobile