Marketing gay: novo público ao alcance das marcas

Michael Sam, do Draft da NLF, assumiu ser homossexual

Michael Sam, do Draft da NLF, assumiu ser homossexual

O Super Bowl já não é mais o assunto do momento na National Football League (NFL), a liga de futebol americano dos Estados Unidos. Michael Sam, um dos atletas do Draft, evento anual em que os clubes escolhem os destaques da categoria universitária, assumiu ser homossexual. Mas, afinal, que impacto isso pode ter para o marketing esportivo?

Para início de conversa, essa é uma oportunidade perfeita para o marketing. Ao patrocinarem Sam, as empresas poderão conquistar um público ainda não muito bem explorado. Embora a homossexualidade esteja cada vez mais consolidada na sociedade atual, ainda são poucas as companhias que sabem lidar com o tema.

“O marketing costumava pensar que fazer alguma coisa com essa comunidade apresentava muito risco e pouco retorno. Hoje em dia, é exatamente o contrário. As marcas que fazem isso já têm autenticidade na comunidade”, afirmou Bob Witeck, especialista em marketing gay, em entrevista à ESPN americana.

E não é apenas pelo fato de atingir um novo mercado que o aporte pode ser importante: as corporações que investirem nesse segmento certamente ganharão em credibilidade, uma vez que apresentariam toler”ncia ao homossexualidade, mostrando-se contra a homofobia.

Uma empresa que já trabalha nisso é a Nike. Além de ter doado US$ 200 mil (R$ 481,4 mil) para a LGBT Sports Coalition, a fabricante norte-americana de material esportivo lançou uma linha de produtos em alusão ao mote denominada “Be True”, traduzida por “Seja Verdadeiro”.

No caso de Sam, contudo, não será qualquer marca que se associará a ele. A Empire Athletes, representante comercial da revelação do futebol americano, já anunciou que estudará minuciosamente as propostas pelo atleta, que não possui patrocínio atualmente.

“Dissemos a ele que virá uma tempestade de pessoas e companhias querendo pegar um pedaço dele. Ele tem vontade de fazer negócios, mas obviamente não foi isso que o levou à NFL. Ele não irá assinar uns 12 contratos”, adiantou Joe Barkett, da Empire Athletes.  

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