Match se apega a economia e cultura por lucro em 2014

Camarotes lideraram espaços vazios em estádios da Copa de 2010

Camarotes lideraram espaços vazios em estádios da Copa de 2010

A Match, empresa parceira da Fifa para serviços de hospitalidade, apresentou nesta semana o projeto de pacotes corporativos para a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. A venda no país será feita pela Traffic e pela Top Service, empresas do grupo Águia. E uma conjuntura formada por momento econômico e cultura local incutiu no evento um clima de enorme otimismo.

Segundo a própria Match, 200 mil pacotes de hospitalidade foram vendidos na Copa do Mundo de 2010. Contudo, as áreas destinadas a esse tipo de serviço concentraram os maiores espaços vazios nos estádios da África do Sul durante o torneio.

A Match pagou algo em torno de US$ 240 milhões pelo direito de operar os serviços de hospitalidade nas Copas do Mundo de 2010 e 2014. Nesta semana, anunciou uma extensão no vínculo com a Fifa, incluiu os torneios de 2018 e 2022 e despejou mais US$ 300 milhões nos cofres da entidade.

O problema é que a Copa do Mundo do ano passado gerou um prejuízo de US$ 50 milhões aos cofres da Match. Em grande parte, esse número é justificado pelo encalhe de ingressos corporativos.

Por isso, a maior preocupação da empresa no lançamento do projeto para 2014 foi mostrar que a realidade brasileira é totalmente diferente. “Estamos vivendo um entusiasmo sem precedentes para a Copa do Mundo. Por tudo que o país de vocês representa no futebol, nunca houve um torneio aguardado com tanta expectativa”, disse Jaime Byron, presidente da Match.

Para Traffic e Top Services, a situação é menos preocupante. As duas empresas atuarão apenas como agentes de vendas nos pacotes de hospitalidade. Portanto, não terão prejuízo em caso de vendas abaixo das expectativas.

Nem isso, contudo, diminui o entusiasmo em torno das vendas. “A situação do Brasil é totalmente diferente. Vivemos um momento econômico muito positivo, com um nível considerável de empresas desenvolvidas, e o futebol é culturalmente muito forte aqui. Acreditamos em um bom volume”, projetou Mauro Holzmann, diretor de novos negócios da Traffic.

As vendas corporativas englobarão cerca de 450 mil ingressos para a Copa do Mundo de 2014. Isso representa 13,6% do total de entradas para a competição, que deve ficar por volta dos 3,3 milhões de bilhetes.

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