A situação encarada pela Meltex no Palmeiras, no qual foi escolhida para gerir a futura rede de franquias da equipe, esteve bastante ligada à política do clube. Por diversas vezes, conselheiros palmeirenses deixaram os negócios de lado para travar disputas internas. Mesmo nesse contexto, a empresa pretende fugir da política.
“Esse não é um assunto nosso, não é o perfil da nossa empresa trabalhar no campo político”, garante Samir Osman, diretor da companhia, em entrevista à Máquina do Esporte. “Nós somos empresários de varejo e queremos abrir lojas, deixar torcedores felizes, clubes felizes, todos felizes, mas sem envolver política no meio”.
A Meltex, especializada em gestão e distribuição de marcas, está penetrando no mercado esportivo neste segundo semestre, após cerca de dois anos de análise. Embora afirme que não há nenhum negócio fechado até o momento, já conseguiu acordos no Palmeiras e no Grêmio. Ainda irá tentar novos clubes, e o Flamengo é um deles.
Ao apostar em franquias de times de futebol, área na qual não possui nenhum outro negócio similar, a empresa pretende aproveitar o crescimento desse mercado, aquecido pela proximidade de eventos esportivos como Copa do Mundo e Jogos Olímpicos no Brasil. Por outro lado, lojas oficiais representam um setor pouco explorado.
“Entendemos que há demanda represada por esses produtos, porque até então era um mercado atendido apenas por fornecedores de materiais esportivos, que vendem alta tecnologia, alta performance, por um alto preço”, explica o diretor. A Meltex, por sua vez, tem planos para atender todas as classes socioeconômicas.
Os critérios para decidir quais equipes serão procuradas não são revelados pela companhia. Envolvem divisão, tamanho de torcida, Estado, mas a única descrição mais específica fornecida por Osman é que devem ser “marcas centenárias”. A Meltex possui parceria com a Allori, especializada em operação de franquias, para triunfar.