Ao conquistar na noite da última quarta-feira (28) a gestão da futura rede de franquias do Palmeiras, a Meltex conseguiu impor à SPR Franquias – parceira de Corinthians, São Paulo e Vasco – o primeiro revés nesse mercado. Mas não sem alto custo. A empresa irá pagar ao clube cerca de R$ 20 milhões, entre adiantamentos e luvas.
À concorrente, a derrota na equipe representa certa frustração por algumas razões. Em primeiro lugar, a SPR já havia demonstrado interesse em gerir o negócio palmeirense desde 2008, quando acertou com o Corinthians a criação da “Poderoso Timão”. O presidente do time na época, Affonso Della Monica Netto, postergou a decisão.
As negociações prosseguiram durante a gestão de Luiz Gonzaga Belluzzo, entre 2009 e 2010, e de novo não foram concluídas. Apenas neste mês, com Arnaldo Tirone na presidência, o Palmeiras decidiu encerrar as negociações. A proposta inicial, de R$ 5 milhões, foi inflacionada por essa concorrência entre SPR e Meltex.
Embora a última oferta feita pela SPR fosse de R$ 15 milhões, a empresa se sentiu frustrada por crer que ofereceu a melhor proposta, mesmo que seja inferior em termos financeiros. A gestora de franquias já possuía lista de cinco mil investidores interessados em abrir uma loja palmeirense, mais 40 já acertados e prontos para abrir lojas.
Essa vantagem sobre a Meltex, que está penetrando nesse mercado somente neste ano, faria com que o Palmeiras tivesse receitas superiores, pelo menos em um primeiro momento. O desempenho das fraquias geridas pela SPR, com 138 lojas entre três clubes e só duas fechadas em dois anos, faz com que ela acredite em “decisão política”.
De qualquer modo, o Palmeiras deu início ao processo de convencimento da Adidas, fornecedora de materiais esportivos do clube, cuja aprovação é necessária para concluir o negócio. Arnaldo Tirone deverá se reunir com o presidente da fabricante no Brasil, Fernando Basualdo, para começar essa nova fase das franquias palmeirenses.
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