A diretoria do Corinthians espera custear ao menos 80% da construção do novo estádio do clube, a ser erguido em Itaquera, com a venda de naming rights. Contudo, a julgar pela situação do Palmeiras, a cúpula alvinegra precisa começar a rever os planos. O rival também prospecta interessados em associar marcas ao nome de sua arena, mas trabalha com uma previsão bem menos otimista de faturamento com a propriedade.
A previsão do Palmeiras é amealhar menos de R$ 15 milhões por temporada com a venda de naming rights da Arena Palestra Itália. Essa negociação inclui outras propriedades referentes ao estádio, mas não tem relação com o uniforme alviverde.
No Corinthians, a projeção da diretoria é superior a esse patamar. Inicialmente, o estádio de Itaquera está orçado em torno de R$ 350 milhões. Clube e Odebrecht, empreiteira que realizará a obra, trabalham com uma previsão de contrato superior a R$ 20 milhões por ano pelos naming rights.
Entre os dois casos, também muda o peso que a venda dos naming rights tem para a obra. O Corinthians baseia grande parte de seu projeto nessa propriedade, enquanto o Palmeiras tem um formato diferente de parceria.
O projeto de reforma do estádio alviverde faz parte de uma parceria com a construtora WTorre, que terá participação na gestão da arena depois da obra, mas a exploração do nome será inteiramente do clube. O Corinthians não dividirá a administração do espaço, mas deu à empreiteira Odebrecht o direito de lucrar inteiramente o valor obtido com os naming rights.
Um diretor da Traffic, parceira comercial do Palmeiras, disse que há “duas ou três” negociações adiantadas pelos naming rights da Arena Palestra Itália. Contudo, a conclusão dessas conversas depende do andamento das obras – a despeito de o estádio estar fechado desde julho, as intervenções ainda não começaram.