Mercado de bicicleta aquece no Brasil após seguidos anos de baixas

Ciclovia na Avenida Paulista, em São Paulo

“Uma coisa eu já concluí: carro e cidade não dão certo”. A frase foi dita pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, em um evento do Lide, há um mês. E ela reflete bem o momento vivido pelo mercado de bicicletas nas grandes cidades brasileiras. Não por acaso, a produção nacional teve aumento após anos de quedas.

Segundo anunciou a Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo), a produção de bicicletas teve alta nos primeiros meses de 2015. Entre janeiro e maio, 316 mil unidades foram fabricadas no Brasil, o que representou um aumento de 4,3% em relação ao mesmo período de 2014.

Por outro lado, as importações tiveram quedas. Foram 76 mil unidades enviadas ao exterior, um número 7,9% inferior ao apresentado em 2014.

Em resumo, a associação avaliou a produção nacional acima dos 4 milhões. Em comparação, em 2013, último levantamento, o número esteve em 3,9 milhões. O mercado teve uma sequência de quedas desde 2007, quando a produção esteve em 5,3 milhões.

Hoje, a frota de bicicletas no país está em 70 milhões. Em algumas cidades, há maior apoio ao uso do transporte. Além do Rio de Janeiro, São Paulo tem apostado nessa possibilidade. No início deste ano, a prefeitura fez até lei de incentivo com desconto no IPTU para empresas que derem espaço para o veículo.

Em São Paulo, parte da população ainda mantém resistência à construção de ciclovias. Mas isso não tem impedido sua implementação em massa, inclusive na Avenida Paulista, mais importante via da cidade. 

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