O mercado de transferências do futebol bateu recorde em 2017. É isso que afirma o relatório anual da Fifa, divulgado nesta terça-feira (30). Segundo a entidade que rege o futebol mundial, o ano passado registrou 6,3 bilhões de dólares gastos pelos clubes nas janelas de transferências. O número é 32,7% maior que o registrado em 2016, quando foram gastos 4,8 bilhões de dólares.
Em números gerais, o ano de 2017 bateu outros recordes, além do dinheiro envolvido. No total, foram 15.624 transações no futebol mundial. Dessas, 2.469 foram em troca de dinheiro, ou seja, compra e venda de jogadores. Em 2016, haviam sido 355 a menos.
Esse número, no entanto, representa apenas 15,8% do total de transações. Isso porque as outras 13.155 transferências são casos de jogadores que foram emprestados sem encargos ou aqueles que conseguiram passes gratuitos e mudaram de clube. Em média, as transações atingiram 2,6 milhões de euros.
De acordo com o relatório, a transferência mais cara foi mesmo a de Neymar, que saiu do Barcelona e foi para o Paris Saint-Germain por 222 milhões de euros (cerca de 275 milhões de dólares). Além de ter o jogador mais caro do mundo, o Brasil, mais uma vez, aparece uma série de vezes no estudo feito pela Fifa.
O país canarinho é, por exemplo, líder com folga em clubes que fizeram alguma transação internacional. Foram 254 no total. Alemanha (143), Inglaterra (132) e Argentina (111) vêm logo atrás. O Brasil está no topo da lista também quando se fala em número de transferências de jogadores do país para o exterior. O país mandou para fora nada menos que 821 atletas. Em seguida, estão Inglaterra (767), Espanha (565) e Portugal (537).
Como acontece sempre, o eixo Brasil-Portugal foi o que mais transferiu jogadores entre si. Foram 169 transferências no total, um aumento de 0,6% em relação a 2016. O eixo que mais cresceu foi o Inglaterra-Holanda, com 62 transferências (aumento de 93,8% em relação ao ano anterior).
Ainda existem outros pontos do estudo que valem ser citados. Um é a conclusão da Fifa de que Japão, República Tcheca e Hungria são mercados em franca expansão. Além disso, 35 países quebraram seus recordes históricos ao comprar um determinado jogador. Outro dado que interessa ao futebol sul-americano é que os europeus gastaram por aqui pouco mais de 473 milhões de dólares, um aumento de 22,8% em relação a 2016.
Por último, o estudo mostra que mais de dois terços do dinheiro envolvido nas transações (cerca de 67,4%) vêm de apenas 50 clubes de 13 países. Segundo o relatório, “os números mostram que os clubes que mais gastam estão gastando cada vez mais”. Entre os mais antigos, pode-se dizer que é um sinônimo para o famoso “dinheiro chama dinheiro”.