Messi gera comoção na torcida e caos em federação na Argentina

Capa do Olé de segunda-feira fazia o pedido ao craque argentino.

“A seleção terminou para mim”.

Assim anunciou Lionel Messi após perder mais um título pelo time de seu país. Irritado com a AFA (Associação de Futebol Argentino) e com as seguidas derrotas, o craque do Barcelona resolveu deixar o barco. A notícia, no entanto, não foi bem digerida por seus conterrâneos, que deixaram claro a força do ídolo.

Longe da ideia de que a Argentina não respeita Messi por ele não ter conquistado um título pela seleção do país, as reações invadiram as redes sociais. #NotevayasMessi chegou ao topo mundial do Twitter ao longo do dia.

 

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Antes, o termo havia sido estampado na capa do Diário Olé, o maior periódico esportivo do país. O jornal tem pedido para que torcedores deixem suas palavras para convencer Messi, com a hashtag #TeQueremosPulga, em referência ao apelido do jogador.

Também ajudou o movimento o apoio de uma série de celebridades da Argentina. A atriz Susana Giménez, o apresentador Alejandro Fantino, a cantora Lali Espósito, entre outros demonstraram apoio a ele.

Até passeata em frente ao Obelisco está sendo marcada pelas redes sociais.

No mundo do futebol, alguns ex-jogadores também demonstraram empatia a Messi. O ex-zagueiro Tata Brown disse falar em nome dos atletas campeões do mundo em 1986: “Não aceito a sua renúncia, não posso acreditar que Leo Messi não jogue mais na seleção”, afirmou em um canal da Argentina. Até o sempre ácido Diego Maradona engrossou o discurso pelo “volte”.

Para o futebol do país, a saída do craque é simbólica do mau momento vivido pelo esporte argentino. Também insatisfeito com a AFA, a federação local, o atacante Kün Agüero afirmou que deve deixar o time, assim como Javier Mascherano e Higuaín.

Já o “Clarín” diz que até o alto comando deve dar adeus. Sufocado em escândalos recentes de corrupção, o presidente da AFA, Luis Segura, teria renunciado ao cargo após a derrota para o Chile. A Fifa ameaça uma intervenção na federação local por conta de suspeitas em contrato de TV feito com o governo Cristina Kirchner.

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