México faz campanha contra o ‘Puto!’ nos estádios

O goleiro Jesús Corona, no vídeo contra homofobia

A FMF (Federação Mexicana de Futebol) lançou campanha para acabar com um costume tradicional dos torcedores do país. Sempre que o goleiro do time adversário vai cobrar um tiro de meta, os fãs berram: “puto!” Em espanhol a palavra é uma maneira desrespeitosa de se referir a homossexuais.

O problema é que o hábito pode render sanções pesadas ao país. Em janeiro, o México recebeu multa de US$ 20 mil (R$ 73 mil) da Fifa por causa do insulto proferido por sua torcida durante jogo contra El Salvador. A federação que comanda o futebol considerou a iniciativa um gesto discriminatório. Caso haja reincidência, a seleção mexicana correria risco de pagar multa mais alta ou até perder pontos durante as eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018.

A campanha, intitulada “Abraçados ao Futebol”, teve vídeo postado nas redes sociais (http://migre.me/toh6m). O filme é encabeçada por alguns dos astros do futebol mexicano, casos de Chicharito Hernández, Jesús Corona, Rafa Márquez, Diego Reyes, Miguel Layún, Andrés Guardado e Héctor Herrera, entre outros.

A mensagem foi divulgada pouco antes da vitória sobre o Canadá. Os vídeos foram gravados durante a viagem, a Vancouver e destacam valores como inclusão de diversidade.

No Brasil, esse tipo de insulto já gerou polêmica. Inspirado no grito mexicano, os corintianos passaram a gritar “Bicha!” a cada tiro de meta cobrado pelo goleiro Rogério Ceni, em jogo contra o São Paulo, durante o Brasileirão de 2014. Em mensagem aos torcedores, o clube pediu para que a prática não acontecesse mais. 

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