Na terça-feira, ex-jogadores, técnicos e torcedores se uniram em frente à sede da CBF em protesto contra a atual administração da entidade. Mas, mais do que isso, o movimento teve a adesão aberta da mídia especializada.
Momentos antes do início do protesto, um manifesto “por uma nova CBF” foi lançado pelo grupo. O documento chama o estatuto da entidade de “viciado”, o que tornaria o processo de sucessão ilegítimo. O texto pede ainda a renúncia imediata do presidente afastado Marco Polo Del Nero, seguida de eleições livres.
O texto, assinado por diversos nomes de dentro e de fora do esporte, teve forte apoio da mídia. A Espn chegou a fazer cobertura ao vivo do local. O diretor de jornalismo da emissora, João Palomino, foi uma das pessoas que assinaram o documento.
E a emissora não foi a única. Walter de Mattos Júnior, fundador do diário Lance!, foi outro nome inscrito no papel. O jornal também fez cobertura ao vivo do evento. Até o GloboEsporte.com, por sinal, fez “tempo real” do evento no Rio de Janeiro.
Em resposta, a CBF armou uma coletiva de imprensa com o secretário-geral da entidade, Walter Feldman. O dirigente demonstrou pouca preocupação com a movimentação em frente à sede da entidade.
Feldman afirmou ter lido o manifesto rapidamente, no celular. Além de ponderar as acusações sobre o presidente Marco Polo Del Nero, o dirigente atacou alguns jornalistas: “Eu sei o papel da imprensa. Critico alguns que têm uma ação militante”.
Mas, para aumentar a pressão na entidade, não eram só agentes do futebol e da mídia que assinaram o manifesto. Nomes como Abílio Diniz, Chico Buarque, Jô Soares, Walter Salles e Washington Olivetto também abraçaram o movimento.