MLS prevê salto de faturamento com streaming em 2022

A MLS, liga de futebol dos Estados Unidos, está otimista para a próxima negociação de televisão. A entidade espera um novo salto nos valores pagos pelas emissoras, em movimento motivado pela entrada de empresas focadas na transmissão por streaming.

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“Nas negociações para 2022, as plataformas digitais entrarão com mais peso. Isso é uma informação quase confidencial, se não fosse uma tendência em todo o mundo”, comentou o vice-presidente de comunicação do Orlando City, Diogo Kotscho, em palestra realizada na Brasil Futebol Expo, em São Paulo, na última semana.

Foto: Reprodução

Atualmente, a MLS conta com a parceria de três emissoras para o mercado americano: ESPN, Fox e Univision. Na época da assinatura, o acordo representou o triplo em relação ao valor passado. Até 2014, a liga recebia US$ 30 milhões pelos direitos de transmissão. No acordo atual, válido entre 2015 e 2022, a quantia passou para US$ 90 milhões.

A MLS ainda conta com uma receita modesta de televisão em comparação às outras ligas americanas, mas, com audiência crescente, o novo salto tem sido pensado há alguns meses. Em março, a entidade pediu aos times que não fechassem acordos locais de televisão. A ideia é evitar esses contratos, que rendem pouco, para valorizar as plataformas digitais.

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Uma demonstração de abertura das emissoras para o futebol aconteceu em agosto, quando a ESPN anunciou a transferência da final da MLS Cup para a ABC, também pertencente à Disney. Dessa maneira, o evento retornará à televisão aberta nos Estados Unidos após 11 anos.

Para os clubes, o novo salto financeiro deve representar uma mudança significativa da qualidade do produto. Nos anos mais recentes, a MLS tem deixado de lado as estrelas veteranas para apostar em atletas mais jovens. A ideia, com isso, é conseguir tornar o nível das partidas mais alto. Com mais dinheiro, o plano deve ir além.

“Os grandes jogadores começarão a querer jogar na MLS. Talvez ainda não seja a hora de vir craques do Barcelona ou do Real Madrid. Mas quem não estiver no topo da Europa, estará nos Estados Unidos”, apostou Kotscho.

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