Mobilidade urbana preocupa para Copa

A Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Adib) apontou a mobilidade urbana como a maior preocupação nas doze cidades-sede escolhidas pela Fifa para a realização da Copa do Mundo no país, em 2014. Amparados nas estimativas de que as cidades-sedes receberão cerca de 500 mil turistas, antes durante e depois do campeonato, técnicos da Abdib também identificaram que 73% dos passageiros utilizam apenas 15 aeroportos, um dos problemas que também vão necessitar de investimentos. O problema, segundo a entidade, vai além do transporte público, já que a organização dirigida por Joseph Blatter exige um táxi para cada 300 habitantes, índice que não é atingido na maioria dos municípios selecionados. Encomendado pelo Ministério do Esporte e pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o estudo feito pela Adib teve como referência as exigências da Fifa: mobilidade urbana, aeroportos, portos, hotelaria, energia, telecomunicações, hospitais, saneamento e segurança. O resultado final será apresentado em setembro em todas as 12 sedes e outras seis cidades que foram candidatas a sediar os jogos, mas não foram escolhidas. Em contrapartida, o item que menos preocupa é o de telecomunicações, 100% de responsabilidade da iniciativa privada. Em relação à segurança, faltam investimentos em equipamentos e treinamentos, de acordo com o levantamento a Adib. Em reunião realizada na última quarta-feira, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disse que tem capacidade para financiar as obras. Segundo Luiz Antônio Gonçalves, representante da instituição financeira, os investimentos em infraestrutura no país passaram de R$ 55 bilhões em 2003 para R$ 106 bilhões em 2008. Para a Abdib, no entanto, esse montante corresponde a 66% do ideal. ?Após a fase de estudos, passaremos para a estruturação financeira e neste momento teremos que estimular a iniciativa privada a participar dos projetos, especialmente neste momento em que os grandes empreendedores se recuperam da recente crise econômica mundial?, disse Ralph Lima Terra, vice-presidente da entidade.

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