MRV confirma doação, e Atlético se aproxima de estádio

Nesta segunda-feira, a diretoria do Atlético Mineiro irá se reunir com conselheiros para definir a construção de uma nova arena para o time, em Belo Horizonte. Na última semana, o presidente da MRV, Rubens Menin, confirmou uma doação que chegará a R$ 110 milhões para o clube.

Em entrevista ao site Super Esportes, o executivo da MRV explicou que, apesar de patrocinar o estádio, a empresa não terá propriedades envolvidas nas negociações. “Não vai ter contrapartidas no estádio para a empresa. Vai ter apenas o nome da arena, que será Arena MRV, assim como tem em outros estádios, como o do Palmeiras. A gente não vai ter nenhuma regalia, estaremos pagando por isso”, afirmou.

Pelo acordo, a construtora doaria um terreno ao clube avaliado em R$ 50 milhões. Além disso, arcaria com R$ 60 milhões pela obra, avaliada em R$ 410 milhões. O projeto é para um estádio com capacidade para 42 mil pessoas.

Menin justificou a iniciativa: “No Brasil, se pensa muito em tirar vantagem de qualquer ação. Sou parceiro do Atlético, atleticano e estamos fazendo isso para ajudar o clube, sem pensar em lucros próprios”.

O restante do valor é algo que ainda não é unanimidade dentro do clube. A ideia é vender a parte que o Atlético mantém do shopping Diamond Mall, localizado em um terreno do clube, em Lourdes, bairro da capital mineira. A expectativa é gerar cerca de R$ 250 milhões com a negociação.

O complemento viria de comercializações de cadeiras e camarotes do estádio, algo mais tradicional em construção de arenas. O plano do clube é não deslocar verba do futebol para a subir o estádio e ainda garantir renda com bilheteria.

Durante o fim de semana, o prefeito de Belo Horizonte e ex-presidente do Atlético Mineiro, Alexandre Kalil, confirmou que comparecerá à votação marcada para esta segunda-feira. O político se mantém como nome forte nos bastidores do clube e deverá se encontrar com conselheiros para fazer com que a iniciativa seja aprovada.

O Atlético Mineiro conta hoje com 390 conselheiros. Para que o estádio saia do papel, são necessários dois terços dos votos favoráveis à nova empreitada. Caso aprove a construção, as obras deverão começar no início de 2018. Com a arena, o time abriria mão do Independência e do Mineirão.  

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