Mulheres reivindicam igualdade na seleção de futebol dos EUA

Carli Lloyd com a taça da Copa do Mundo de 2015

Algumas das principais estrelas da seleção feminina de futebol dos Estados Unidos reivindicaram publicamente que tenham os mesmos ganhos do time masculino. Carli Lloyd, Becky Sauerbrunn, Christen Press e Morgan Brian deram entrevista ao prestigioso programa “60 Minutes”, da CBS, que intitulou o episódio como “O jogo de suas vidas”.

“Nós somos o ‘Dream Team’ dos Estados Unidos. Chegamos ao topo e acredito que nosso time é o número 1 na história do esporte feminino. Estamos dispostas a fazer tudo o que pudermos para conseguir o que pedimos”, contou Carli Lloyd, 34, capitã da seleção.

“Sentimos que somos tratadas como cidadãs de segunda classe porque não se importam conosco tanto quanto com os homens”, acrescentou a meio-campista, bicampeã olímpica em Pequim-2008 e Londres-2012.

A seleção feminina norte-americana já conquistou três Copas do Mundo e quatro medalhas de ouro olímpicas. É o time feminino de futebol mais popular do mundo. No entanto, as jogadoras se consideram discriminadas. Elas dizem que têm remuneração inferior ao time masculino e cobram igualdade da Federação de Futebol dos Estados Unidos.

Segundo as jogadoras, cada uma ganha por ano US$ 90 mil pelas 20 partidas, em média, que disputam pela seleção. Já os homens recebem US$ 265 mil ou quase 200% a mais, mesmo jamais tendo conquistado títulos equivalentes.

Além disso, os jogadores têm outras vantagens oferecidas pela federação, como viajar de primeira classe, enquanto as mulheres voam apenas na classe turística.

O contrato da federação norte-americana com a seleção feminina termina em 31 de dezembro. E as negociações para a renovação prometem ser duras, com as mulheres exigindo tratamento mais igualitário.

Movimento semelhante aconteceu no tênis feminino na década passada. As mulheres reivindicaram premiação igualitária nos torneios e conseguiram. O último Grand Slam a adotar o mesmo valor do prêmio para homens e mulheres foi Roland Garros, em 2006. 

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