Na seleção, Felipão pode ser arma para Palmeiras

A seleção brasileira foi derrotada pela Holanda, deixou a Copa do Mundo da África do Sul e já não é mais comandada pela comissão técnica liderada por Dunga e Jorginho. Com a busca pelo sucessor, especulações são inevitáveis e o nome de Luiz Felipe Scolari, responsável por conquistar o mundial em 2002, surge. O treinador, porém, já tem acordo verbal com o Palmeiras e teria de exercer função dupla para assumir o cargo.

A princípio, o clube paulista afirmou à imprensa que não pretendia dividir o técnico com a seleção nacional, mas recuou e admite que irá esperar por Felipão para se posicionar a respeito. Caso o ex-treinador da seleção portuguesa e do Chelsea, da Inglaterra, aceite comandar o Brasil, entretanto, o Palmeiras poderia se beneficiar na área do marketing, segundo especialistas.

“O clube teria o técnico da seleção brasileira, alguém respeitado, de gabarito, então o Palmeiras passaria a ter algo forte na mão”, argumenta José Cocco, especialista em marketing esportivo. “A presença dele em qualquer entrevista à frente do Palmeiras seria valorizada por ser técnico do Brasil”.

Na opinião de Cocco, o time paulista já deveria ter iniciado ações relacionadas à imagem de Felipão. “Isso é algo que tem de ser feito antes, porque depois vêm as inevitáveis cobranças pela performance e ele pode enfrentar dificuldades”, afirma.

Em relação ao desempenho da futura equipe do treinador, Oliver Seitz, especialista em indústria do futebol, concorda que há riscos e também crê que o Palmeiras deveria planejar ações antes da chegada de Felipão. “Dá para aproveitar no começo, com a expectativa da torcida, da imprensa, capitalizar o máximo possível, mas depois é bom ter algo planejado e estar preparado para o caso de o planejamento não se concretizar”, diz. 

Na área comercial, contudo, o clube já estuda maneiras de ampliar receitas com a contratação de Felipão. Ao periódico “Lance!”, o Palmeiras adiantou que deve aumentar o número de cotas de patrocínio para o uniforme do treinador. Para pagar o salário, em torno de R$ 700 mil mensais, o time ainda irá contar com o suporte da Parmalat, patrocinadora alviverde entre 1997 e 2000, de acordo com dados do jornal “Folha de S.Paulo”.

Procurado pela reportagem da Máquina do Esporte para confirmar tais informações, o departamento de marketing do Palmeiras não pôde atender às ligações até o fechamento desta matéria.

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