Natal abandona modelo de SPE para Copa

A decisão ainda não foi publicada oficialmente, mas já é tratada como certa: Natal vai mudar a base de seu projeto de arena para a Copa do Mundo de 2014. O Estádio das Dunas, que anteriormente seria construído com uma sociedade de propósito específico (SPE), será baseado em uma parceria público-privada (PPP). A SPE pode ser uma sociedade limitada, uma companhia fechada ou aberta. Com esse modelo, Natal faria um leilão para encontrar uma construtora e uma entidade privada para a gestão da arena. As três partes atuariam na gestão do estádio e cooperariam na venda das propriedades comerciais. Pouco usado no país, o formato foi contestado pelo Ministério Público e pelo comitê organizador da Copa. O cenário negativo levou Natal a abraçar a PPP, a despeito de os responsáveis pelo projeto potiguar acharem que a SPE seria um formato melhor. Na parceria público-privada, governo e empresas investem na construção. As entidades privadas assumem parte das propriedades comerciais, mas o controle da arena fica com o poder público, que pode abrir mão dele em licitação. A mudança no formato atrasou em 15 dias o projeto de Natal, que ainda não entregou ao comitê organizador a constituição da PPP. O Estádio das Dunas será branco, terá desenho com referência às montanhas de areia da cidade e custará cerca de R$ 350 milhões. ?É difícil um estádio ser economicamente viável no Nordeste. Aliás, é difícil até mesmo no Sudeste. Nós vamos construir uma arena planejada, com toda a estrutura que a Copa do Mundo demanda?, disse Fernando Fernandes, secretário de Turismo do Rio Grande do Norte. O custo total da preparação de Natal para a Copa do Mundo é de R$ 3,6 bilhões. A cidade deve receber R$ 800 milhões do governo federal para iniciativas ligadas a saneamento e mobilidade urbana.

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