Classificado para as oitavas de final da Copa Kia do Brasil, o Náutico irá enfrentar o Vasco no estádio dos Aflitos, localizado em tradicional bairro da torcida alvirrubra. Como a arena comporta apenas 20 mil pessoas, dada a relev”ncia da partida contra a equipe carioca, o clube cogitou jogar no Arruda, estádio do Santa Cruz, mas foi barrado por torcedores.
“Seria para aproveitar essa expectativa de público maior, mas nossa torcida queria que fosse em casa de qualquer maneira, porque querem fazer o caldeirão com o qual estão acostumados”, conta Toninho Feitosa, diretor de relacionamentos do Náutico. Caso a torcida aceitasse a troca pontual, o clube poderia ter ampliado receitas.
“Nós fomos sondados, até porque temos relação muito boa com Náutico e Sport, e não haveria problema nenhum em usar nosso estádio, porque ele realmente é fonte de renda”, conta Luiz Henrique Vieira, diretor de marketing do Santa Cruz. O cálculo do montante que seria arrecadado, contudo, nem teve tempo de ser feito.
Dilema similar é vivido pelo Santos. A Vila Belmiro, na Baixada Santista, acumula maus resultados nas bilheterias, e isso motivou dirigentes santistas a optar pelo Pacaembu, em São Paulo, para conseguir melhor desempenho nesse quesito. A torcida, bem como a do Náutico, queixou-se do afastamento, mas a vontade do clube prevaleceu.