O escritório da NBA no Brasil tem função diferente de uma entidade esportiva comum. Em vez de gerenciar uma liga, amplia o alcance – e as receitas – de uma competição estrangeira, e isso está intimamente relacionado a transmitir mais partidas. O sonho de consumo é a TV aberta.
“A maneira mais efetiva de expandir a liga, mas não mais fácil, é ter jogos na televisão aberta”, diz Arnon de Mello, diretor executivo da NBA no Brasil, à Máquina do Esporte.
A missão não é fácil porque envolve vários complicadores. Um deles, o horário. Com jogos nas duas costas dos Estados Unidos, as partidas variam de 19h a depois das 23h para o Brasil. Não conflita necessariamente com o horário da novela, mas a variação incomoda executivos da NBA. O ideal, diz Mello, seria ter dia e horário fixos para acostumar o público ao basquete.
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O escritório brasileiro também não pode prejudicar o league pass – pacote com transmissão online de toda a temporada. Hoje, o Brasil está entre os cinco países no mundo além dos EUA que mais vendem este pacote. Se jogos demais passarem na TV, o produto sai enfraquecido.
Hoje, a NBA brasileira tem acordos com ESPN, Space, Sports Plus, da Sky, e Globosat na TV fechada. Na rádio, acertou com a Bradesco Esportes FM. Na TV aberta, conversa com Globo, Record, Bandeirantes e RedeTV!, mas ainda não concluiu nenhuma negociação, de acordo com Mello.