A NBA espera arrecadar US$ 100 milhões a mais com a liberação de patrocínio nos uniformes das franquias a partir da temporada 2017-2018. Essa é a expectativa de Adam Silver, principal dirigente da liga norte-americana de basquete.
Em entrevista coletiva realizada na última sexta-feira, o cartola admitiu que parte dos torcedores vai desaprovar os anúncios comerciais nos uniformes. No entanto, Silver vê mais pontos positivos do que negativos com a liberação das propagandas na camisa.
“Com o tempo, à medida que isso gerar mais dinheiro, iremos investi-lo de volta no jogo, melhorando-o. Vamos melhorar nosso marketing e fazer crescer nossa marca. Acho que os resultados serão positivos”, comentou Silver.
A NBA, a primeira das grandes ligas norte-americanas a admitir a publicidade nos uniformes das equipes, pode criar uma tendência. Hoje, NFL (futebol americano), MLB (beisebol) e NHL (hóquei no gelo) não oferecem essa propriedade aos anunciantes.
“Os custos para gerir uma equipe continuam subindo e as franquias têm buscado novas fontes de receita. Haverá uma rejeição dos torcedores, mas com o tempo isso será aceito”, disse Kevin Adler, diretor da agência Engage Marketing, em entrevista ao Wall Street Journal.
Para ele, as demais ligas irão “esperar para ver” a reação dos fãs e o potencial de receitas que pode ser obtido com a iniciativa.
A liberação da publicidade, restrita a uma área de 6,35 cm x 6,35 cm na frente da camisa, à esquerda, foi aprovada na última sexta-feira pelo Conselho de Proprietários das Franquias da NBA. Inicialmente, a determinação irá valer para três temporadas, como forma de experiência. Se aprovada, será implementada de forma definitiva.
“O patrocínio de camisa gera um envolvimento mais próximo com os patrocinadores para a construção de um relacionamento único entre liga e empresas. O investimento adicional irá ajudar a desenvolvermos ainda mais nosso campeonato”, acredita Silver.