NBA estuda Jogo das Estrelas e até times europeus na liga

Jogo entre Toronto Raptors e San Antonio Spurs na liga

Adam Silver, principal executivo da NBA, estuda uma série de mudanças que irá alterar o sistema de disputa e os negócios da liga norte-americana de basquete. Uma das principais inovações é a possibilidade de programar uma edição do Jogo das Estrelas na Europa, um dos principais mercados da liga fora dos Estados Unidos.  Habitué dos tours internacionais da NBA, o velho continente já chegou a sediar inclusive jogos da temporada regular.

O sonho do dirigente, porém, é que um dia haja uma conferência da NBA exclusivamente com clubes europeus. Por ora, dificuldades de organização impossibilitam a iniciativa. No mês passado, Silver chegou a citar, para o diário britânico The Guardian, que Inglaterra, Alemanha, França e Espanha seriam as candidatas naturais para abrigar franquias da liga, já que contam com ginásios nos mesmos moldes das arenas norte-americanas.

Inovação mais próxima de ser implementada é a permissão, pela primeira vez na história, para as equipes usarem publicidade em camisa, como já acontece com o futebol. Uma iniciativa pioneira aconteceu nesta temporada com o Westchester Knicks, da NBDL (liga de desenvolvimento da NBA). A equipe, uma espécie de filial do New York Knicks, teve permissão de usar patrocínio do Chase Bank em sua camiseta.

Ciente de que a convocação para o All Star Game também gera bônus nos salários dos atletas, Silver também considera a possibilidade de aumentar o número de vagas de cada seleção de conferência para até 15 jogadores.

Mudança mais inusitada foi proposta a Silver por Mark Cuban, dono do Dallas Mavericks, que quer uma redistribuição de equipes entre as Conferências Leste e Oeste. A proposta de Cuban se baseia no fato de que o Dallas, oitavo colocado do Oeste na última temporada, fez campanha melhor do que o Toronto Raptors, terceiro classificado do Leste.

Silver considera a ideia de enviar San Antonio Spurs (atual campeão), Houston Rockets e New Orleans Pelicans para a Conferência Leste. Em troca, o Oeste receberia Chicago Bulls, Indiana Pacers, Milwaukee Bucks e Detroit Pistons. A proposta esbarra em duas dificuldades: a localização geográfica das franquias e daria menos força a rivalidades regionais, como é o caso da disputa entre San Antonio, Houston e Dallas pelo título da Divisão Sudoeste.

Pensando em inovações, o dirigente também pensa em mexer nos playoffs. Os campeões das seis divisões teriam vaga assegurada na fase de mata-matas. Os outros dez melhores classificados, independentemente de conferências, integrariam a segunda fase da NBA. Essa proposta recebeu críticas porque obrigaria algumas equipes a se desgastarem com viagens mais longas.

Quanto ao draft, Silver pretende não fazer distinção entre as equipes com quatro piores campanhas para ter preferência de escolha na loteria de calouros, que renova os elencos da NBA todos os anos. Isso evitaria um time de abrir mão do campeonato para ter chance de conseguir a melhor escolha no draft para a temporada seguinte. 

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