Neymar foi uma das celebridades com maior destaque em campanhas publicitárias no Brasil. Ao seu lado, apenas o apresentador Rodrigo Faro conseguiu o mesmo desempenho. O levantamento foi realizado pelo Ibope Repucom, que cruzou a quantidade de contratos de cada nome com o número de inserções para criar uma lista dos mais populares em 2014.
Apesar de ter apenas dois nomes no ranking, o esporte foi bem representado. As campanhas com esportistas representaram 25% das veiculações deste ano. Entre as marcas que escolheram uma celebridade, um terço preferiu alguém ligado ao esporte.
O número, claro, foi puxado pela Copa do Mundo. Em anos anteriores, a porcentagem de campanhas com esportistas ficou na base dos 10%. “O número de atletas celebridades é bem menor do que o de celebridades”, explicou o diretor-executivo do Ibope Repucom, José Colagrossi.
Para o executivo, o que coloca um atleta como celebridade é o fato de ele ser igualmente reconhecido fora do meio esportivo. Com a Copa do Mundo, o interesse em nomes antes pouco conhecido do público geral tende a subir. Foi o caso de David Luiz, por exemplo.
Além disso, atleta detém um risco maior para a publicidade. “Quando se contrata uma celebridade, a performance varia pouco. Uma boa atriz não vai deixar de ser uma boa atriz, o risco fica só na vida pessoal. No caso de um atleta, a performance afeta o apelo da celebridade. Depois da Copa do Mundo, muitos perderam esse apelo”, ponderou Colagrossi.
Apesar da espera por uma baixa em 2015 em relação aos atletas na publicidade, o ano seguinte deverá ter uma nova alta, graças aos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Nesse caso, existem dificuldades extras. Se no futebol já há poucas opções de celebridades, entre atletas olímpicos esse número é ainda menor; casos como César Cielo são exceções.
Ainda assim, surgem como alternativa a aposta em atletas pouco conhecidos. Neste caso, independente dos valores relacionados ao atleta ou ao desempenho dele, o ganho é se mostrar à população como apoiadora do esporte.
