A NFL vive uma grave crise que pode derrubar o presidente da Liga, Roger Goodell. O que começou com um caso de violência doméstica tomou enorme repercussão e tem balançado dirigentes, patrocinadores e emissoras.
O problema começou em fevereiro, quando o jogador do Baltimore Ravens, Ray Rice, agrediu a noiva em Atlantic City. O caso já havia vazado, mas aumentou a repercussão quando o vídeo da agressão saiu na internet, há uma semana. Com um soco, o atleta deixou a vítima desacordada.
O problema foi agravado pela sucessão de erros envolvendo Goodell. Uma semana após o caso vazar, Rice foi indiciado pela agressão. No mesmo dia, o presidente da NFL anunciou uma suspensão de apenas dois jogos para o jogador. Com a má repercussão, a Liga divulgou uma nova política para casos de violência doméstica.
Após a exibição pública do vídeo completo, que chocou torcedores, Goodwell afirmou que não tinha visto as imagens. A agência de notícia Associated Press, no entanto, divulgou que elas foram entregues à NFL há cinco meses, de forma que o presidente sabia de todo o ocorrido antes do caso se tornar público.
Alguns casos nos últimos dias pioraram ainda mais a situação. Na internet, rodou a hashtag “Goodell must go”, que foi ampliada com a falta de tato de um patrocinador. A marca CoverGirl, da Procter & Gamble divulgou uma campanha de maquiagem com a NFL. A imagem foi transformada em uma mulher agredida e rodou a internet.
Nesta quinta-feira, a cantora Rihanna, que já foi vítima de violência doméstica, foi proibida pela emissora CBS de abrir um jogo do Baltimore, que teria transmissão ao vivo; “fuck you” foi a resposta da cantora, via Twitter.
Nesta semana, os patrocinadores também se mostraram publicamente incomodados. A AB InBev se disse decepcionada: “Nós ainda não estamos satisfeitos com a forma como a liga lidou com comportamentos que tão claramente ir contra a nossa própria cultura da empresa e nosso código moral”. Visa, McDonald’s e Campbell Soup aumentaram a voz da insatisfação. Alguns patrocinadores de franquias também têm ameaçado a retirar os investimentos.