A NFL não tinha um plano de gestão de crise para um caso previsível. Se por acaso tinha algum, foi pessimamente pensado ou executado. O caso envolvendo a agressão de Ray Rice revelou amadorismo no lugar mais improvável no mundo do esporte: na liga mais valiosa do mundo.
Não há como fugir da verdade. O CEO da liga que fatura US$ 10 bilhões por ano não soube o que fazer diante de um caso que, infelizmente, é corriqueiro. Um jogador agrediu a esposa, e a Liga deveria saber com perfeição o que fazer neste caso. Rice não foi o primeiro e nem o último atleta a cometer um crime.
Goodell e a NFL cometeram uma série de erros básicos. Não tinham um plano pré-estabelecido, com ações e reações planejadas. Não souberam qual era a punição mais adequada, qual seria o discurso adotado e nem qual seria o melhor porta voz para essa situação. Depois, deixaram explícita a falta de transparência da entidade com o caso, o que irritou ainda mais o público.
Para piorar, não foi só a NFL que mostrou pouco preparo. A insensibilidade da marca da Procter & Gamble, CoverGirl, chega a ser inacreditável. Na ânsia de ativar o patrocínio, a empresa ignorou completamente o contexto. Para terminar, entra uma emissora que, com o veto a Rihanna, conseguiu por mais lenha na fogueira sobre o próprio produto.
Enfim, uma sucessão de erros para deixar bem claro que nenhuma organização é perfeita.