A Nike apresentou nesta segunda-feira (31) as camisas que a Inglaterra vai vestir durante a Copa do Mundo de 2014, e a primeira reação não foi positiva. Não por causa do design das camisas branca, titular, e vermelha, reserva, que aliás conseguiu combinar novas tecnologias e atualizações sutis à tradicional e elegante aparência dos uniformes da seleção inglesa. Os dois principais problemas são o preço e o intervalo entre o lançamento desta coleção e o da anterior.
A fabricante americana, que substituiu a Umbro no fornecimento de materiais esportivos da Inglaterra, decidiu adotar uma prática comum no mercado americano: foram colocadas à venda duas versões da camisa, uma idêntica à usada pelos atletas em campo e uma versão mais simples “para torcedores”. No Brasil, ambas chegam às lojas pelos preços sugeridos de R$ 349,90 e 229,90, respectivamente. E o preço para lá de caro não é um “privilégio” brasileiro.
Na Inglaterra, o preço da versão usada pelos jogadores é de 90 libras, hoje equivalentes a R$ 338. Nos anos 2000, esses modelos eram vendidos aos britâncios por 30 libras, um terço do custo atual. Ainda que o modelo “para torcedores” esteja sendo vendido por 60 libras, o aumento dos preços das camisas foi duramente criticado pelos ingleses. Joey Barton, meia inglês que joga no Olympique de Marseille, e Stan Collymore, ex-jogador de futebol que atuou por vários clubes da Inglaterra na década de 1990, entre eles o Liverpool, foram duas personalidades britânicas que criticaram a Nike abertamente, via Twitter, nesta segunda-feira.
Outro problema é o intervalo entre o lançamento desta coleção e o da anterior. Foi em maio do ano passado que então novos uniformes haviam sido apresentados. Eles foram usados pela seleção apenas sete vezes desde então. O modelo reserva, vermelho, foi lançado ainda depois, em junho de 2013, e só foi a campo em duas ocasiões. A Nike e a Football Association (FA), a federação inglesa, foram criticadas por quebrar o ciclo de pelo menos 18 meses entre diferentes versões do uniforme da seleção. As novas camisas vão ser colocadas à venda em 3 de abril, tanto na Inglaterra quanto no Brasil, menos de um ano depois de as últimas terem sido postas nas lojas.
