Nike a Adidas rivalizam no futebol como as duas grandes marcas de material esportivo da modalidade. Um dos modos de explicitar esse duelo está na presença, em lados opostos, em grandes clássicos do futebol mundial, seja em clubes ou seleções. No entanto, uma dessas partidas pode perder o parceiro alemão.
O clássico entre Real Madrid e Barcelona pode se transformar em uma partida entre duas equipes da Nike. Atualmente, o clube da capital espanhola conta com a empresa alemã para fornecer seu uniforme. O problema é que o contrato vai até o fim da próxima temporada e, mesmo com um ano de antecedência, o Madrid já abriu as negociações.
A Nike tem interesse em se transformar em um dos patrocinadores do time madrileno. O clube tem pedido 50 milhões de euros anuais para quem se interessar em fornecer material para o time. O valor é superior ao que o Barcelona recebe da empresa americana. Com um dos maiores contratos de patrocínio do futebol, o time catalão recebe 42 milhões de euros por ano.
Até então, a Adidas não ultrapassou a quantia de 40 milhões de euros anuais para renovar com o Real Madrid. O contrato atual prevê o pagamento de 30 milhões anuais, mas o presidente do clube Fiorentino Pérez, já sinalizou que quer os 20 milhões extras, o que acendeu o interesse da Nike, disposta a arcar com a quantia.
Caso a Nike feche com o Real Madrid, seria o fim de uma das parcerias mais valiosas da Adidas. A história entre a marca e o clube se iniciou nos anos 80, mas foi na sequência atual que a relação se fortificou.
Em 1998, Nike e Adidas compraram a disputa para conseguir patrocinar o clube merengue. Na época, a Kelme fornecia o material esportivo para o time, mas após a concorrência, a Adidas aceitou pagar seis vezes mais do que era pago anualmente para o clube. O contrato foi de dez anos, e posteriormente renovado para até 2012.
Na época, o Madrid havia conseguido o maior contrato de fornecimento de material do mundo. Apenas o acordo entre Nike e seleção brasileira trabalhava com cifras superiores. O sucesso da Adidas no clube espanhol, portanto, foi o início do contra-ataque da empresa alemã sobre um domínio da marca americana no futebol europeu.