A Nike decidiu tirar de circulação um tênis que celebrava o aniversário dos Estados Unidos, ocorrido nesta quinta-feira (4). O modelo do Air Max especial do 4 de julho, quando se comemora a independência americana, foi retirado após uma crítica feita pelo atleta de futebol americano Colin Kaepernick.
“A Nike tomou a decisão de suspender a distribuição do modelo com base em preocupações de que ele poderia, sem intenção, ofender e desvirtuar o feriado patriótico do país. Somos uma empresa orgulhosa de sua herança americana”, disse a fabricante, em comunicado distribuído após o caso virar uma crise nacional.
O modelo era nas cores da bandeira americana (branco, azul e vermelho) e trazia, no calcanhar, o desenho da primeira bandeira do país, que era formada por 13 estrelas em círculo e 13 listras. Esse era o símbolo dos EUA no final dos anos 1700.
Foto: Reprodução / Site (sneakernews.com)
A ideia original era prestar uma homenagem à mulher que desenhou o modelo da bandeira, a costureira Elizabeth “Betsy” Ross. Os planos, porém, foram frustrados depois que Kaepernick, que se tornou um símbolo recente da companhia por defender os direitos dos negros protestando contra o presidente Donald Trump durante jogos da NFL, comentou com executivos da empresa que achou ofensivo o fato de o tênis remeter a um símbolo de quando o país ainda vivia sob a escravidão.
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Assim, a empresa preferiu evitar uma crise ainda maior e passou a pedir para os lojistas devolverem o modelo e não colocá-lo à venda. Originalmente, o Air Max 1 começaria a ser vendido na última segunda-feira (1º), a US$ 140, tanto que o site especializado em tênis “sneakernews.com” já havia feito uma análise sobre o calçado. Não se sabe se algum par chegou a ser comercializado pelos lojistas.
Foto: Reprodução / Site (sneakernews.com)