Mark Parker, diretor-executivo da Nike, principal patrocinador da NFL (liga de futebol americano) mostrou estar descontente com a forma como a entidade lidou com casos de violência doméstica.
“Deixamos claro nossa posição para a NFL que não toleramos nenhum tipo de violência doméstica”, disse o executivo em entrevista à Bloomberg.
Em setembro, a Nike cancelou contrato de patrocínio com o running back Ray Rice, depois de ele ter sido flagrado pelas câmeras do elevador de um hotel em Atlantic City dando um soco em sua então noiva. A garota chegou a bater a cabeça no espelho e desmaiar. A NFL, que tinha conhecimento do problema, demorou para tomar uma posição. A decisão de expulsar Rice da liga só aconteceu após o vazamento do vídeo.
“Foi uma grande lição para a NFL. A direção da liga reconheceu isso e está tomando providências. Estou otimista”, afirmou Parker.
Roger Goodell, comissário da NFL, pediu aos donos das equipes que considerem usar profissionais independentes para decidir sobre a conduta disciplinar de seus atletas fora de campo, incluindo incidentes de violência doméstica. No mês passado, ele se reuniu com um grupo de 11 ex-atletas que fazem parte do grupo de política de conduta da liga.
A Nike, fornecedora oficial da NFL, tem voltado seu foco para o crescente mercado feminino de roupas esportivas. Parker, porém, se recusou a comentar se a decisão de rescindir o contrato com Rice foi influenciada pelo interesse no mercado feminino.
Outros atletas não enfrentaram o mesmo rigor da Nike. A goleira Hope Solo, que enfrenta acusação de violência doméstica contra seu sobrinho de 17 anos, mantém contrato com a empresa. “Vamos ficar atentos com essa situação e faremos nosso julgamento na hora certa”, afirmou o executivo.