A Copa do Mundo é uma oportunidade para que as fabricantes de materiais esportivos apresentem e mostrem as novidades para todo o planeta. Durante o mês de competição, as empresas do ramo podem aproveitar a visibilidade dos jogadores para promover sua marca. A Nike tem 380 atletas entre 32 seleções que disputam o título mundial. Entre eles, estrelas como Neymar e Cristiano Ronaldo.
Em entrevista exclusiva à Máquina do Esporte, Max Blau, vice-presidente de calçados para futebol da Nike, fala das novidades da marca que já desfilam pelos gramados dos estádios brasileiros e explica a participação dos jogadores da marca na composição e processo de criação dos materiais lançados pela empresa.
Máquina do Esporte: Como surgiu a ideia da Magista?
Max Blau: A história começou há quatro anos, depois da Copa lá na África do Sul. E os comentários dos jogadores, que são a nossa primeira fonte de informação e inspiração para a gente, foi uma chuteira que tem mais tradição, melhor toque e um calçado mais natural. E a ideia é eliminar todo tipo de tração para possibilitar aos jogadores um melhor desempenho. Foi assim que a gente desenvolveu a Magista. É uma chuteira muito inovadora, com um formato bastante diferente. É a primeira chuteira que utiliza a tecnologia flynit, que permite a gente ajustar a chuteira para as necessidades do jogador. É para aqueles jogadores que jogam e fazem os outros jogarem.
Máquina do Esporte: Quem são os protagonistas da Nike no futebol?
Max Blau: A gente trabalha com muitos jogadores. Fundamentalmente, a Magista começou com jogadores como Iniesta. Também trabalhamos muito com David Luiz e no caso da Mercurial a gente continua falando com o Cristiano Ronaldo e com o Fenômeno. Mas a fonte de inspiração sempre são alguns dos jogadores mais importantes da atualidade.
Máquina do Esporte: Qual é a participação dos atletas no processo de desenvolvimento das chuteiras?
Max Blau: As fontes mais importantes, as histórias, os insights que a gente aprende, não falando somente com os jogadores de primeiro nível, mas também com os jogadores em geral. A gente tem contatos muito importantes no Brasil através do Corinthians. A gente tem um relacionamento muito forte no Rio de Janeiro através do Aterro do Flamengo. A gente compartilha momentos com muitos jogadores. As fontes de ideias são os jogadores de primeiro nível, mas também os jogadores que jogam aos fins de semana.
Max Blau: A gente tem uma equipe de design e de engenheiros de desenvolvimento. Os designers são a parte do time que têm a visão relacionada a estética, a inovação que a gente precisa apresentar ao consumidor. Eles têm um papel superimportante no processo de criação do produto.
Máquina do Esporte: Como foi o processo de criação das novas chuteiras?
Max Blau: A Nike Hypervenom foi apresentada no Rio de Janeiro em 2013. É uma chuteira fundamentalmente criada e desenhada para o jogador que precisa de muita agilidade. A inspiração foi o Neymar. A gente adaptou os materiais, a sola, para possibilitar o jogador se movimentar em diferentes direções em altas velocidades. Depois a gente lançou a Nike Tiempo Legend. Ela é um clássico modernizado. Ela é feita de couro e a ideia dessa chuteira é o toque. A sola é feita de nylon e também possibilita a mudança de direção. Ela é muito leve e fica muito perto do chão. Foi apresentada ao público e aos jogadores em dezembro de 2013. E depois veio o lançamento da maior inovação até agora: a Magista, para o jogador que joga e faz o outro jogar. É o caso do Iniesta e do David Luiz. É a primeira chuteira utilizando a tecnologia Flynit, que dá uma sensação muito melhor na hora do toque. Ela possibilita que o jogador melhor ainda mais o nível de jogo. A sola também foi criada para os atletas que precisam mudar rapidamente de direção. Ela é muito leve e, claro, o formato. E o objetivo do cano alto é exatamente para que o jogador não sinta onde a chuteira começa e a chuteira termina.