A Nike terminou seu primeiro semestre fiscal com uma queda de 18% no lucro líquido em relação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com a própria marca, os custos com demanda e o aumento dos canais de vendas diretas tiveram reflexos fundamentais nos números obtidos.
A empresa norte-americana, líder mundial em seu segmento, fechou o período entre maio e novembro com um lucro líquido de pouco mais de 1,7 bilhão de dólares, o que significou a queda de 18%. No entanto, o faturamento de setembro a novembro melhorou, principalmente por conta da proximidade do Natal, o que ajudou a marca a fechar o semestre fiscal com um crescimento de 2%, chegando a pouco mais de 17,6 milhões de dólares em vendas.
Em um comunicado à imprensa, a empresa afirmou que os custos de demanda no semestre foram de 877 milhões de dólares, 15% a mais que o mesmo período do ano anterior, em especial com marketing e publicidade esportiva. Além disso, custos administrativos mais altos e investimentos contínuos na Nike Direct, principal canal de venda direta da marca, exigiram 8% a mais em recursos.
Outro fator que prejudicou o semestre da marca norte-americana foi justamente a reestruturação que vem sendo feita na própria América do Norte. As vendas “em casa” caíram cerca de 4%, para pouco mais de 7,4 bilhões de dólares.
No restante dos mercados, o volume de negócios da Nike vem aumentando. Na Europa, Oriente Médio e África, as vendas cresceram 9%, para quase 4,5 bilhões de dólares. Na China, o avanço foi de 13%, alcançando 2,3 bilhões de dólares, enquanto na América Latina e na região da Ásia-Pacífico, o aumento foi de 7%, chegando a quase 2,5 bilhões de dólares.
No Brasil, especificamente, a empresa perdeu a liderança na venda de calçados para a Olympikus, marca da Vulcabras Azaleia, o que não acontecia desde 2011.
“Nós aceleramos nosso crescimento internacional e conseguimos um impulso subjacente em nossos negócios nacionais”, afirmou o CEO da Nike, Mark Parker, minimizando os números alcançados na América do Norte e exaltando os negócios internacionais.
Em relação aos produtos em si, o maior aumento ocorreu na venda de vestuário técnico, que atingiu 5,4 bilhões de dólares, 6% a mais do que no ano anterior. O negócio de calçados, que continua a ser o carro-chefe da marca, subiu 2% e alcançou 10,5 bilhões de dólares. No entanto, a venda do setor de equipamentos caiu 3%, para “apenas” 746 milhões de dólares.