O Super Bowl deverá ter seu melhor ano em audiência e alcance no Brasil. Nos últimos anos, a NFL, liga do futebol americano, tem crescido no país. E, dessa vez, o grande evento da temporada poderá ter o apelo que faltou nos últimos anos: um feriado para colocar o domingo à noite em maior evidência.
Ainda que as pessoas viagem e possam ter menos acesso à partida decisiva da temporada dos jogos, o horário do jogo poderá ser aproveitado. Com o fuso para os Estados Unidos, o público brasileiro costuma ter problema com o avanço das partidas pela madrugada.
Os números que envolvem a NFL no Brasil parecem exagerado, mas o país, com a ascensão nos últimos cinco anos, tem se consolidado como o segundo mercado da liga, atrás apenas dos Estados Unidos.
Segundo dados do Ibope Repucom, 21% dos internautas brasileiros se declaram fãs de futebol americano, número que equivale a 14 milhões de pessoas. Isso representa um aumento de 13% em relação ao ano passado. O mesmo instituto calcula que o país tenha 27 milhões de pessoas com interesse no futebol americano.
Na prática, o apelo não chega a tanto. No Super Bowl de 2015, o Ibope calculou que a Espn tenha tido um alcance de 500 mil pessoas. Pouco, considerando o suposto número de fãs da modalidade e o fato de que o evento é o momento ápice da temporada. Nos Estados Unidos, o jogo é sistematicamente a maior audiência do ano na televisão do país.
Ainda assim, já é o suficiente para rodar dinheiro no mercado nacional. Somente em cinemas, serão 70 salas do Cinemark que receberão a transmissão da partida. Em São Paulo, bares e restaurantes se preparam para o evento. A cadeia americana Hooters, por exemplo, espera um movimento 25% acima da média. Além disso, patrocinadores, como a Visa e a Budweiser, começaram a ativar o torneio no mercado nacional.