O Brasil vai sediar a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 (no Rio de Janeiro). O momento positivo da economia do país e a iminência dos dois megaeventos disseminaram o otimismo sobre os próximos anos do esporte nacional, mas isso não foi suficiente para contagiar a ginasta Daniele Hypólito. A atleta, um dos principais nomes da história recente da modalidade no Brasil, questionou nesta semana a import”ncia de receber essas competições.
“Rio 2016 – até que ponto isso será bom para o Brasil? E os atletas, onde ficam nessa história? E o COB, o que ele faz para ajudar os atletas?”, questionou Daniele em sua página no serviço de microblogs Twitter.
Daniele disputou três edições dos Jogos Olímpicos (Sidney-2000, Atenas-2004 e Pequim-2008). No entanto, atualmente a ginasta não tem nenhum contrato de patrocínio – ela é atleta do Flamengo e recebe por isso.
“Temos que ser mais que heróis para sermos valorizados… Estou sem patrocínio… Eu fico pensando: se eu, com anos de carreira, estou assim, imagina quem está começando e não tem nada”, disse a ginasta.
O desabafo de Daniele passou por mais de 20 mensagens – o Twitter tem limite de 140 caracteres para cada post. Em um deles, por exemplo, a atleta disse ter certeza que há empresários que leem o conteúdo. “Acho que tenho de me tornar dramática”, brincou.