Na última sexta-feira, o departamento de esportes amadores do Sport fechou uma parceria com a faculdade Maurício Nassau para dar nova vida ao setor do clube. A ideia é trocar experiências e estrutura, além de receber uma quantia para que seu nome seja usado pela instituição de ensino. Por trás desse plano, está a tentativa de colocar o Sport na Superliga de vôlei novamente.
As equipe masculina e feminina já estão formadas para disputar o torneio regional. Além do suporte da Maurício Nassau, o departamento de marketing do clube entrou no projeto e fechou com a Suape, companhia estatal que controla o porto de Recife. A empresa dará suporte às duas equipes, em um orçamento que chega a R$ 1,2 milhão para a próxima temporada.
O caminho para a Superliga, no entanto, não é simples para o clube na questão financeira. Por isso, a ideia do Sport é colocar pelo menos a equipe masculina da recém-criada Superliga B, uma segunda divisão que a Confederação Brasileira de vôlei fez para receber equipes menos estruturadas.
A busca agora é por novos patrocinadores. Até agora, o nome do Sport manteve-se inalterado. Já é costume no vôlei brasileiro a venda do naming right do clube para as empresas que mantêm o patrocínio máster. A equipe de Recife não descarta essa possibilidade, mas espera por propostas.
Para o vice-presidente de esportes amadores do clube, Yuri Romão, as dificuldades não param na captação de recursos. A formação de um elenco forte é dificultada pela pouca presença de clubes nordestinos; atualmente a região não tem nenhuma equipe na Superliga. “O jogador pede muito para sair do eixo Rio – São Paulo, o que nos faz precisar de um orçamento ainda maior”, afirmou o dirigente.
Se hoje não há representantes nordestinos na Superliga, há pouco tempo não era assim. Há duas temporadas, o Sport tinha uma equipe feminina na disputa. Na época, o acordo era com o BMG, mas a empresa resolveu voltar seus aportes à equipe de São Bernardo, que permanece com o patrocínio.