Análise: Nome famoso não gera negócios no futebol do Brasil

Segundo a imprensa esportiva, o Corinthians está próximo de contratar o costa-marfinense Didier Drogba, um dos melhores atacantes desde século no futebol mundial. O plano, claro, é conseguir arrecadar mais com camisas, ingressos e patrocinadores com a ajuda de um grande astro.

Mas há um problema na estratégia: o Brasil não é o Canadá, último país em que atuou Drogba. Em mercados emergentes da bola, o baixo nível técnico e a ausência histórica de grandes craques fazem com que o nome do jogador seja suficiente para o sucesso. Por aqui, não é bem assim.

Para ter sucesso comercial, Drogba terá que atuar em nível aceitável. Mas, com quase 39 anos de idade, há uma considerável chance de isso não ser possível, mesmo com sua alta técnica. E, aí, é fracasso na certa.

Exemplos não faltam. Rivaldo no Cruzeiro, Ronaldinho no Flamengo e, principalmente, Adriano no Corinthians. Passada a empolgação inicial com o nome, o futebol não vingou e o nome não serviu mais. Eles se contrapõem a Ronaldo, também no Corinthians, e Seedorf, no Botafogo.

Há uma relação diferente no Brasil. Na MSL de baixíssimo nível técnico, ver grandes ídolos é uma oportunidade única, assim como acontece na China. Aqui, o costume é ver estrelas surgirem. Neymar, por exemplo, brilhava por aqui há poucos anos.

Mais do que nunca, o marketing do Corinthians precisará ouvir o departamento de futebol com atenção.

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