Nos bastidores, estádio do Palmeiras tenta reduzir custos

Estádio que mais arrecadou no futebol brasileiro com bilheteria neste ano, o Allianz Parque vive uma realidade distinta nos bastidores. Aberta há pouco mais de meio ano, a nova arena palmeirense convive com troca de funcionários da WTorre e da AEG, gestoras do espaço, além de redução de gastos e problemas no pagamento a fornecedores.

Desde março, dois profissionais de marketing da AEG, parceira da WTorre na gestão do estádio, foram demitidos. Seus cargos não foram repostos. No próximo mês de maio, será a vez de a principal executiva da empresa americana no Brasil, Susan Darrington, deixar o comando do Allianz Parque.

Procurada pela reportagem, a Blue Box, que é sócia da AEG no Brasil, disse que as trocas são um processo natural na administração do estádio. Antes do Allianz Parque, Susan foi por 12 anos uma das principais executivas do CenturyLink Field, nos EUA.

A AEG tem um contrato de dez anos com a WTorre para gerenciar o estádio palmeirense. Mas as relações têm sido conturbadas. No início do ano, a construtora colocou um funcionário para fiscalizar os gastos na manutenção da arena, considerados altos. Desde então, fornecedores têm tido mais dificuldade para receber os pagamentos e, também, cortes na equipe foram feitos.

Pouco depois, em março, o presidente da construtora, Walter Torre, e o principal executivo da área de gestão de estádios, Paulo Remy, estiveram nos EUA numa reunião com a AEG. Na conversa, pediram uma maior participação, inclusive financeira, do parceiro. Procurado, o diretor de negócios da WTorre, Rogério Dezembro, não atendeu à reportagem.

Enquanto isso, o processo entre Palmeiras e WTorre que define direitos sobre exploração comercial de parte das cadeiras do estádio ainda corre na Justiça. O imbróglio mudou o plano de negócios do estádio e ajudou a fazer com que os bastidores ficassem mais agitados neste começo de ano.

Sair da versão mobile