“Nova” CBF inicia gestão sob pressão por liga de clubes

 

Delfim Peixoto é um dos defensores da Liga. 

Parte dos clubes brasileiros querem aproveitar a fragilidade da CBF, que vive mais uma troca de presidente, para impor uma liga nacional, um Campeonato Brasileiro sem a administração da principal entidade do futebol do país.

 

O movimento pela Liga já havia ganhado força com o retorno da Liga Sul-Minas, que incluiu Fluminense e Flamengo. Chamada de Primeira Liga, o novo grupo vinha recebendo resistências da CBF de Marco Polo Del Nero, presidente licenciado da entidade.

O CEO da Primeira Liga, Alexandre Kalil, conversou com a Máquina do Esporte e rechaçou tomar maior iniciativa por representar apenas os 15 times da nova entidade, e não os 40 da Série A e B do Campeonato Brasileiro.

Ainda assim, o dirigente foi enfático: “Esse é o momento em que os presidentes dos clubes têm que se mobilizar para tomar a CBF. E depois tirar a quadrilha que comanda ela. Já que agora está provado que é uma quadrilha”, atacou.

As palavras do ex-presidente do Atlético Mineiro ganham força porque um de seus principais aliados é Delfim Peixoto, presidente da Federação Catarinense de Futebol e vice-presidente da CBF.

Peixoto está fechado com Kalil e determinado a criar a liga caso assuma a presidência da CBF. O problema é que Del Nero fez uma manobra para não dar esse poder a ele: marcou uma eleição para substituir o cargo de vice-presidente deixado por José Maria Marin. E o eleito deverá ser mais velho que Peixoto, para assumir o comando quando Del Nero se retirar em definitivo.

Segundo o jornalista Juca Kfouri, Peixoto deverá publicar uma nota oficial em breve. O conteúdo deverá indicar que Marco Polo Del Nero não o quer no poder justamente pelo apoio à Liga de clubes, que enfraqueceria a entidade.

Em entrevista ao “GloboEsporte”, o catarinense atacou o ex-presidente: “É um golpe escarrado. Não querem mudar nada no futebol brasileiro. Querem que continue tudo como está”.  

Sair da versão mobile