O Barcelona elegeu no último fim de semana Josep Maria Bartomeu com 54,6% dos votos como seu novo presidente até 2021. Além da manutenção da Qatar Airways como patrocinadora máster do clube, o dirigente deverá cumprir outra importante plataforma de campanha: a abertura de um escritório em São Paulo para gerenciar a marca blaugrana na América Latina.
A iniciativa já foi realizada em Hong Kong e está em andamento em Nova York. Pequim é outra cidade que está nos planos da nova diretoria do Barcelona para o mercado asiático e Oriente Médio.
“É preciso estar mais perto desses mercados”, disse Susana Monje, vice-presidente financeira do clube na nova gestão, em debate pré-eleitoral. Ainda não há, contudo, previsão para a abertura da “filial” latina do Barcelona.
Monje explicou que o escritório em Hong Kong custou menos de € 1 milhão, valor já compensado com acordos que superam € 10 milhões na região. A ideia é replicar o sucesso nos cinco continentes e potencializar globalmente a marca do Barcelona, chegando à meta de € 800 milhões de faturamento.
Parte desse valor virá do pré-acordo firmado com a Qatar Airways, que elevará os ingressos com a camisa do Barcelona de € 30 milhões para € 60 milhões. Bartomeu era o único candidato a apoiar a continuidade do patrocínio, mas sofre pressão para desfazer a renovação assinada em sua gestão.
O acordo nunca foi bem quisto pelos torcedores por promover um país que sofreu denúncias de ONGs de direitos humanos contra as precárias condições de trabalho dos operários que se dedicam às obras da Copa do Mundo de 2022.
O Qatar também é alvo das investigações sobre possível compra de votos para a eleição da Fifa para sede do Mundial, além de ligações com o terrorismo.