A Liberty Media, nova gestora da Fórmula 1, quer amplificar a importância dos Estados Unidos e crescer nos meios digitais, para atrair os fãs mais jovens. Atualmente, o país é sede da 17ª etapa do Mundial de F-1.
Para os próximos anos, é possível que haja duas corridas em circuitos norte-americanos, em uma tentativa de concorrer de forma mais efetiva com a Nascar, hoje a mais popular categoria do automobilismo nos Estados Unidos.
“Temos interesse em expandir o número de circuitos nesta região, com Austin como líder e principal ponto de referência”, afirmou Sean Bratches, diretor de operações comerciais da F-1, em entrevista à agência Associated Press.
“Estamos entusiasmados com todos os mercados do mundo, mas os Estados Unidos vão ser um foco importante”, acrescentou o executivo.
Duas cidades aparecem como favoritas para abrigar outra etapa da F-1 no país. O mítico circuito de Indianápolis, que foi sede da etapa norte-americana de 2000 a 2007, e New Jersey, que negocia uma etapa em um circuito de rua.
A entrada de uma nova etapa nos Estados Unidos não implica na saída de alguma corrida que hoje consta no calendário. “Não há escassez de interesse em levar a F-1 a circuitos, tanto de pista como de rua, em todo o mundo”, afirmou Bratches.
Nesta temporada, a categoria terá 20 etapas, uma a menos do que no ano passado. Depois de passar pela Austrália, no último fim de semana, o Mundial terá corridas em China, Bahrein, Rússia, Espanha, Mônaco, Canadá, Azerbaijão, Áustria, Reino Unido, Hungria, Bélgica, Itália, Malásia, Cingapura, Japão, Estados Unidos, México, Brasil e Emirados Árabes, nessa ordem.
Paralelamente a isso, a direção da F-1 quer explorar mais suas páginas oficiais nos meios digitais e aumentar sua audiência na web, com aplicativos e redes sociais.
Para ganhar mais seguidores nas redes sociais, a direção da categoria anunciou que irá relaxar as restrições de compartilhamento de vídeos em plataformas como Periscope. Sob a direção de Bernie Ecclestone, a F-1 impôs um controle rigoroso sobre os conteúdos gravados dentro do paddock com o objetivo de proteger os direitos de transmissão. Agora, a Liberty Media aposta na permissão de que as equipes compartilhem esses vídeos através de seus canais oficiais.